terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Brasileiros X Surinameses

O primeiro caso foi da dona de casa Naima Ramos cujo genro foi assassinado depois de ter brigado com o patrão. Marinaldo Silva foi para o Suriname tentar a vida no garimpo, juntamente com a esposa, filha de dona Naima.

Após o crime, as autoridades surinamesas informaram que a esposa de Marinaldo deveria providenciar junto as autoridades para trazer o corpo do brasileiro para o país de origem, caso contrário ele seria cremado. Desesperada, dona Naima procurou a imprensa amapaense para fazer o apelo as autoridades quanto a essa questão.
O segundo caso tratava da história de Eliana Rodrigues, que conseguiu o emprego de serviços gerais naquele país, e que agora estava ‘sem lenço, nem documento’ devido ao confronto. Ela foi espancada, viu muitos brasileiros apanhando e morrendo, inclusive Erica, que estava grávida, e acabou perdendo filho e a vida durante o ataque.

Número maior
Há informações de que o número de brasileiros presentes em Albina era maior do que fora anunciado pela imprensa nacional. Pelo menos 300 brasileiros viviam no estrangeiro, entre amapaenses, paraenses, piauienses, maranhenses e manauaras, que após o conflito perderam roupas, casas e principalmente documentos de identidade.
Ainda segundo Eliana, o governo brasileiro disponibilizou sim uma aeronave da FAB para trazê-los de volta, todavia, os primeiros a embarcarem eram os que possuíam identidade, coisa que muita gente já não tinha mais. Essas pessoas eram deixadas em Belém do Pará.
Fora os identificados, outros como dona Eliana Rodrigues preferem ficar em Paramaribo por considerarem a situação empregatícia.
Sem documento e ficando em Paramaribo, esses brasileiros correm o risco de ficar presos. Além disso, há o receio de nova revolta, desta vez, por parte dos brasileiros que mesmo atacados estão revoltados com a situação. “Algumas informações estão sendo abafadas pelas autoridades”.

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