segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Construção de passarelas e ciclovias na BR 210 é solicitada por moradores

Em decorrência de mortes no trânsito no bairro Brasil Novo, o programa Ministério Público Comunitário promoveu audiência pública para ouvir lideranças e autoridades do estado.
Com a finalidade de levantar informações acerca da problemática da falta de construção de passarelas e ciclovias na BR 210, sendo uma reivindicação antiga dos moradores do bairro Brasil Novo, o MP Comunitário promoveu audiência pública nesta quinta-feira, 18, no Centro Comunitário de Segurança Pública. O evento contou com a participação do procurador de Justiça Jair Quintas, do juiz Federal João Bosco, além de secretários e representantes de órgãos estaduais.
Em abril deste ano, o programa esteve no bairro para ofertar o serviço de mediação de conflitos e detectou por meio de reclamações de moradores que com a falta de ciclovia na BR, os acidentes acontecem com frequência. Em um percurso de quase 8 km, inúmeros casos de acidentes de trânsito são registrados e maioria com vítimas. “É necessário a construção de três passarelas e a duplicação da rodovia e construção de ciclovias, visando diminuir este problema, que é muito grave na região. Por isso, a comunidade deve participar e reivindicar também ao poder público", alegou o co-ordenador-geral do MP Comunitário, Paulo Veiga.
Vários moradores expressaram o desejo da comunidade. Um deles foi o representante da Associação dos Moradores e Comerciantes dos Bairros Brasil Novo e Liberdade, Rildo Ferreira, que não só pediu passarelas e ciclovias, mas ainda alertou sobre a conscientização da comunidade quanto às construções. “Todos esses benefícios serão de extrema importância para a zona norte, vai ajudar muito a combater os acidentes para nós ciclistas e pedestres, na hora de trafegar por aquela rodovia. Mas, não podemos esquecer de criar projetos que visem à conscientização da comunidade no que tange o estudo de impacto ambiental na área", protestou.
Para o inspetor da Polícia Federal, Aldo Balieiro, a rápida ocupação de moradores no trecho próximo a rodovia, somado ao número de ciclistas e a precariedade do transporte coletivo, são fatores que aumentam o fluxo de transporte no local e principalmente os acidentes de trânsito. “A própria iluminação pública na região poderia evitar muitos acidentes, foi necessário até mudarmos nossa rotina de trabalho para tentar reduzir os acidentes com crianças que atravessam sozinhas a rodovia no horário de escola”, declarou o inspetor.
Representando o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT-Pará-Amapá), Francisco Barata, afirmou que todas as informações colhidas na audiência serão repassadas para Brasília. “Assumimos de fazer a restauração da rodovia até a localidade de Tracajatuba, mas, como o projeto de restauração não pode incluir outras necessidades seria necessário que o projeto para essa nova construção seja feito pelo Governo ou pela Prefeitura. E afirmou que haverá uma pré-sinalização do trecho que vai até o município de Porto Grande”, declarou Barata.
Paulo Veiga afirma que em último caso deve-se recorrer a Ação Civil Pública, pois segundo ele, o diálogo é sempre importante para solucionar os conflitos. “A ata da audiência será repassada ao governador eleito Camilo Capiberibe, a fim de garantir a comunidade uma solução definitiva”, declarou.

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