quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Brasileiro é desmascarado depois de passar por sistema da PF




Willy Monteiro foi detido por oficiais pertencentes à Polícia Federal na Guiana Francesa no dia 9, segunda passada, e como é de costume durante a abordagem foi solicitada a apresentação de documento de identidade ao brasileiro. Após a negativa de posse, o policial entrou em contato com a Superintendência da PF no Amapá, solicitando consulta no banco de dados digitais do órgão.
A polícia francesa procurava saber a veracidade das informações que o brasileiro teria passado no momento da detenção. Para dar mais agilidade a procura de seus antecedentes – e por ventura mandados de prisão em aberto, foi enviado via fax, as digitais de Willy para realização de comparação junto ao banco de dados AFIS.
Mais de dois milhões de registros foram comparados com o documento enviado pelos francês, e para surpresa dos policiais brasileiros, o papiloscopista da PF descobriu que o infrator possuía não somente um, mas oito nomes diferentes. Ele realmente se chamava Willy Monteiro, e, além disso, possuía em sua ficha criminal quatro mandados de prisão em aberto relativos a crimes de roubo e furto cometidos com os diferentes nomes que ele usufruía.
Além disso, Willy Monteiro já teria passado por cinco estados: Goiás, Pará, Amapá, Distrito Federal e Ceará. Após todo esse procedimento, a PF pediu a imediata deportação do procurado, e ontem, após chegar em Macapá, ele seguiu para o IAPEN.
Segundo a Polícia Federal, este é o quarto foragido que estaria se refugiando em terras francesas para escapar da justiça brasileira. Casos como o apresentado, são corriqueiros naquele país, escolhido pelos brasileiros como terra próspera e de oportunidade para aventuras financeiras.
A fronteira com o município de Oiapoque torna a Guiana Francesa uma espécie de estados unidos da América do Sul para onde os brasileiros se arriscam a atravessar após passar pelo Rio Oiapoque, temendo, muitas das vezes, em se deparar com a Gendarmerie. Quando conseguem pisar em solo francês, vivem uma vida clandestina, fugindo das abordagens devido a falta de documento que comprovem sua legalidade no local.
Alguns se recusam a apresentar o documento, até mesmo pela falta, outras vezes, por possuírem mandados de prisão em aberto no Brasil, por isso, a PF destaca a importação do banco de dados AFIS – Sistema de Identificação Digital Automatizado, composto por mais de dois milhões de registros datiloscópicos à serviço da polícia federal e a civil de todos os estados.

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