O fato chamou a atenção da bancada federal que se reuniu para buscar soluções que amenizem aquela nova tensão. O que os parlamentares querem é uma ação mais incisiva de proteção aos brasileiros, especialmente vinda do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores). O Exército também foi procurado, em vista da necessidade de operações de fiscalização na área de fronteira, sabe-se que em janeiro dois disparos foram feitos em direção a uma catraia onde estavam cinco brasileiros, que naquele dia havia retornado duas vezes para inspeção.
As autoridades amapaenses sabem do direito que a França tem de proteger suas terras, mas se recusa a concordar com o modo como a Gendarmerie executa tal proteção. Uma audiência pública deverá ser realizada para debater características econômicas, sociais, diplomáticas e migratórias daquela região. Mas o que os oiapoquenses e brasileiros vindos de outras regiões do Brasil para tentar a sorte em Caiena esperam, é que as medidas de seguranças sejam executadas.
Eu me pergunto o que é pior?
A política de combate ao garimpo ilegal – já que as duas margens do Rio Oiapoque (Brasil e França) abrigam áreas de proteção integral – que é levada a cabo pelo governo brasileiro está afetando a subsistência da população da Vila Brasil, instalada no Parque Nacional do Tumucumaque, sob o argumento de que serviria de entreposto de abastecimento dos garimpos na Guiana e no Suriname. Toda a carga que sobe pelo Rio Oiapoque para abastecer a Vila Brasil é vistoriada por soldados do Exército Brasileiro, na altura da Gran Roche.
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